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Primeira dose da vacina contra a dengue deixa de ser aplicada em Dourados

A D2 seguirá sendo ofertada no município - Crédito: Arquivo/Dourados News A D2 seguirá sendo ofertada no município - Crédito: Arquivo/Dourados News

A Dose um da vacina contra a dengue não está mais disponível para a população nas UBS’s de (Unidades Básicas de Saúde) de Dourados. O Núcleo de Imunização confirmou ao Dourados News que a medida passou a valer desde sexta-feira (08) e acontece devido ao fim da parceria com o laboratório responsável pelos imunizantes (Takeda Farma).

Com isso, apenas a dose dois da vacina contra a dengue estará disponível, ou seja, somente pessoas que já tomaram a primeira dose podem tomar o imunizante. 

Desde janeiro o município aplicava o imunizante em massa e de forma gratuita às pessoas com idade entre 4 e 59 anos através da parceria, algo inédito no Brasil. 

Conforme o gerente de Imunização, Edvan Marcelo Morais Marques, a D1 foi ofertada por um período significativo e foi necessária a suspensão. Ele destaca que a D2 seguirá sendo ofertada e convoca as pessoas que precisam completar o ciclo da vacinação contra a dengue a fazê-lo.  

“Ao longo de 2024, ofertamos a vacina contra a dengue para a população de Dourados de 4 a 59 anos. Um projeto entre a UFMS/ Takeda Laboratório/ Prefeitura. Praticamente um ano de oferta da vacina de forma gratuita, e encerramos agora no dia 08, pois a Takeda, não mais irá fornecer os imunizantes para continuidade do projeto. Vale destacar que a Dose 2 para aqueles que iniciaram o esquema vacinal D1, e que tenham o intervalo preconizado (3 meses), para tomar a D2 seguirá disponível e pedimos às pessoas, que busquem nossas unidades de saúde para conclusão”, cita. 

Conforme o Núcleo, até esta segunda-feira (11), 124.617 doses de vacina Qdenga foram aplicadas em Dourados, entre essas 89.630 correspondem a D1, 34.987 correspondem a D2. Sobre o ‘balanço’ deste cenário até o momento, Marques é enfático ao citar a necessidade de que a população complete o ciclo vacinal, especialmente diante da proximidade do verão, quando os números de caso da doença tendem a aumentar. 

“Consideramos um número bastante expressivo, no entanto, faltam algumas pessoas para concluírem o esquema vacinal, isso é prejudicial para as pessoas em geral e também pra nós do Setor de Vigilância, pois acaba gerando uma falsa sensação de segurança para essas pessoas, e sabemos que para isso acontecer é necessário completar o ciclo vacinal e pedimos que o façam o mais rápido possível. Vale lembrar ainda que estamos caminhando para o verão, um ciclo de muitas chuvas e temperaturas altas, ideal para aumento e proliferação da doença”, disse. 

Em Dourados, conforme o boletim epidemiológico mais recente divulgado pelo Estado, são 541 casos prováveis da doença. Quatro óbitos foram registrados em 2024. As vítimas fatais tinham entre 5 e 33 anos, nenhuma das vítimas havia tomado a vacina.

A incidência no município é considerada média ( quando o registro atinge 100 a 300 casos por 100 mil habitantes).

“Acredito que por não termos altos índices da doença na cidade, muitos acreditam que a doença (dengue) não esteja em nosso meio, o que não é verdade” finaliza Marques. 
 

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