ELEIÇÕES 2020

PT voltará à disputa pela Prefeitura de Dourados após 12 anos

Professor João Carlos será candidato a prefeito e Lourdes Castro de Oliveira Kurttert vice - Crédito: Divulgação Professor João Carlos será candidato a prefeito e Lourdes Castro de Oliveira Kurttert vice - Crédito: Divulgação

O PT (Partido dos Trabalhadores) voltará a ter candidatura própria na disputa pela Prefeitura de Dourados após 12 anos. Na convenção realizada domingo (13), foi referendada chapa pura - sem qualquer coligação - com o professor João Carlos na condição de candidato a prefeito e Lourdes Castro de Oliveira Kurttert, militante social, de vice. Além disso, terá 15 candidaturas a vereador, nove homens e seis mulheres.

Ao Dourados News, o professor João Carlos explicou nesta segunda-feira (14) que essa decisão de voltar a ter candidatura própria foi motivada pelo legado construído pelo partido nos dois mandatos à frente do Executivo municipal, “que só quem vai defender somos nós”, e pela necessidade de novas propostas.

“A chapa pura a gente acabou não avançando numa coligação com o PSOL, o PC do B também não estava organizado aqui, e a conversa com o PDT e o PSB não prosperou muito em função inclusive deles nos convidarem para uma coligação, mas não seríamos cabeça de chapa. A experiência nossa é que nos últimos 12 anos, pelo fato de nunca lançarmos candidatura, temos perdido espaço e queremos nos apresentar como alternativa política”, pontuou.

Professor e historiador, o pré-candidato do PT à Prefeitura de Dourados afirma ainda que além do legado municipal, há o das gestões no governo federal, com os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. “Temos muitas ações. É isso que a gente quer defender e fazer as propostas do PT, principalmente retomar uma série de ações na geração de renda, de trabalho, novas propostas vinculadas a meio ambiente, sem contar questões de saúde e educação”, disse.

Os petistas já governaram o município em duas ocasiões. Em 2000, Laerte Tetila foi eleito com 36.045 votos, superando Murilo Zauith (à época no PSDB), com 31.328, Mordônio Alencar (PSB), votado por 11.807 eleitores, e George Takimoto (PDT), por 7.280.

A reeleição ocorreu em 2004, com mais folga. Tetila recebeu 53.208 votos e superou Bela Barros (PDT), com 42.409, e José Roberto Domingos da Costa (PRONA), opção de 2.983 votantes.

No pleito seguinte, em 2008, o PT tentou manter a hegemonia com o também educador Wilson Biasotto, que ficou na terceira colocação, com 21.821 votos. Aquele pleito foi vencido por Ari Artuzi (PDT), votado por 45.182 eleitores, ante os 39.614 de Murilo Zauith (DEM).

O partido ainda chegou a compor a chapa que elegeu Zauith (DEM) na eleição extemporânea de 2011, indicando a vice, Dinaci Ranzi. Depois, em 2012, deram apoio à reeleição do prefeito (já no PSB) sem compor a majoritária.

Situação semelhante foi vivida pelo PT nas eleições municipais de 2016, quando deu apoio formal à candidatura do deputado estadual Renato Câmara (MDB) para prefeitura, sem vice.

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