ARTIGO

Que bom seria se a Paz fosse um direito assegurado por Lei

Foto: Reprodução Foto: Reprodução

Mas não é. A paz vem com o tempo e lentamente, aos poucos, adquirida com esforço e evolução, através de pequenas descobertas e gradual superação das dificuldades. O desequilíbrio emocional ameaça a capacidade cognitiva e afetiva, e não permite refletir adequadamente sobre importantes escolhas. Frequentemente é necessário parar, reorganizar as idéias, zerar a agenda, e refletir. Uma questão importante à se refletir tem a ver com a preocupação constante com o que o outro pensa à nosso respeito. Como fazer para ouvir menos as pessoas que teriam a ganhar com a nossa fragilidade e dar mais atenção a quem tem a ganhar com nossa força, e como diferenciá-las? Uma pessoa que tem consideração por você vai te corrigir com amor e não com julgamentos, são aquelas que nos corrigem para que a gente cresça, sem nos banalizar.       

Um pré requisito para a paz e a manutenção da sanidade mental é passar um tempo com pessoas que te inspirem, que sejam exemplo para você, que nutram a sua alma com alegria e amor, pessoas desprovidas de julgamento e pré-conceitos. As pessoas que estão à sua volta estão ajudando você a realizar os seus sonhos ou os estão destruindo dizendo que são impossíveis ou fantasiosos? Quem são as pessoas que realmente te dão força para continuar e que fazem com que você se sinta amado neste caminho? O caminho é exigente, mas a cada passo, todos vamos descobrindo nosso lugar no mundo.  

Qual a origem dos problemas que nos afligem? Falta de diálogo. Falta de amor. Enfim, falta. Como vamos nos fortalecer e fortalecer nossos filhos com a permanência da falta? Como blindar nossa alma para sobreviver aos conflitos? Filhos de pais separados que o digam, muitos deles são aptos a dar testemunho como verdadeiros sobreviventes de guerra, quantos deles saem feridos e aleijados emocionalmente deste conflito sem fim. Muitas vezes, na convivência com as pessoas que mais amam, e que mais deveriam protegê-los de sofrimentos, a criança se sente como se estivesse numa guerra diária e constante. Pais se atacando com seus exércitos de advogados, utilizando o tempo do conselho tutelar e de delegacias com suas questões pessoais infantis e arrogantes, demonstrando que o ódio, o rancor e o ressentimento não são senão, o próprio amor que adoeceu gravemente. 

Como nos diz um ditado popular: “a boca fala do que o coração está cheio”, é uma citação Bíblica que encontramos em (Lucas6: 45) ... “pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca.” Procure estar em paz então, com você mesmo e com as pessoas ao seu redor.

O amor é um espelho da cordialidade. Quanto mais amor, mais paciência. Quanto menos paciência, menos amor. É necessário respeito para acolher as diferenças longe do julgamento das aparências. Escolha a colheita da paz, conciliando doçura e determinação, sensibilidade e firmeza. De que adianta fazer justiça com as próprias mãos? Faça justiça com suas idéias, suas atitudes sensatas, suas palavras, sua voz, pelo seu esforço. Esforce-se em manter a paz. Não permita que o comportamento do outro, ou a opinião alheia tire a sua paz. Faça planos cuidadosos, e cuide para que suas opções e objetivos não sejam sempre em favor de garantias profissionais e financeiras, mas sim em favor de sua família. O mundo que nós queremos transformar começa dentro do nosso coração, porém, o despertar da consciência é individual.   

*Psicopedagoga/Terapeuta - Equoterapeuta/Equitadora - denicaramori@hotmail.com

 

Comentários