Saúde

Segundo OMS: o mundo não está preparado para um surto de gripe

A OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou nesta terça-feira (21) que o mundo continua sem estar preparado para lidar com um surto de gripe de larga escala, havendo receios de que o vírus H7N9 na China possa se espalhar. O diretor-geral assistente da OMS, Keiji Fukuda, disse em uma reunião que, apesar dos esforços empreendidos desde a gripe aviária H1N1 há três anos, é necessário um maior planejamento de contingência.
“Ainda que tenha sido feito trabalho desde então, o mundo não está preparado para um grande e severo surto”, disse Fukuda. Os sistemas de reação rápida são cruciais, uma vez que os esforços das autoridades de saúde estão limitados pela falta de conhecimentos das doenças, acrescentou. “Quando as pessoas são atingidas por uma doença emergente, não se pode somente ir a um livro e saber o que fazer”.
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que “qualquer novo vírus da gripe que infecte humanos tem potencial para se tornar uma ameaça de saúde global”. De acordo com os números mais recentes, a gripe aviária H7N9 infectou 130 pessoas na China e matou 35 desde que foi detectada em humanos em março deste ano.

No Brasil

Enquanto isso, no Brasil, o Ministério da Saúde anunciou medidas para o enfrentamento da gripe no país. Serão destinados R$ 30 milhões aos estados de maior concentração da doença: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
O dinheiro será usado para aumentar a capacidade de internação dos pacientes. Serão criados 450 leitos para o tratamento da Influenza, o que vai possibilitar até 1.800 internações por mês.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que governo está preocupado com o crescimento de casos de influenza. “A orientação para os médicos é não esperar o desenvolvimentos dos sinais de gravidade, nem a confirmação do vírus Influenza A (H1N1) para começar o tratamento com Tamiflu”, explicou Padilha.
Até agora foram notificados 4.713 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, com 391 óbitos. Deste casos, 388 foram confirmados para o vírus Influenza A (H1N1) com 61 mortes.

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