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Cachorro salva criança de 2 anos de ataque de cobra venenosa em MS

A cachorra Belinha está se recuperando em uma clínica veterinária depois de ser picada por uma cobra da espécie Bothrops alternatus, popularmente conhecida como Urutu Cruzeiro. O cão sem raça definida foi ferido na quinta-feira (9), ao defender um menino de 2 anos de ser atacado pelo animal peçonhento.

O caso aconteceu na casa da auxiliar de limpeza Patrícia dos Santos Camargo, de 28 anos, no bairro São Conrado, região sul de Campo Grande. A rapidez na busca por atendimento médico foi um fator essencial para salvar a cadelinha, segundo a médica veterinária Ana Carlina Quirino.

Ao G1, Patrícia contou que ao chegar em casa do culto na quinta-feira percebeu que Belinha estava com comportamento estranho, já que costuma receber seus donos com muita euforia.

Naquele dia, Patrícia abriu o portão entrou na moto com o filho de dois anos e a cachorrinha continuou olhando para a grama, onde estava a cobra.

Ela entrou com o filho e depois de dez minutos o marido chegou, o que também não tirou a cadelinha do lugar. Em seguida, a mulher decidiu lavar roupa e o filho foi para o quintal brincar.

Neste momento, Belinha estava ao lado da porta, onde costuma dormir, ensanguentada. Desesperada Patrícia chamou o marido para ver o que tinha no quintal. Ele o irmão de Patrícia foram ver a grama onde a cadelinha estava. Ao jogar a luz da lanterna no local, encontraram a cobra. “Ali é escuro, mas quando meu marido jogou a luz da lanterna vimos a cobra que estava pronta para dar o bote”, disse a auxiliar de limpeza.

Os homens pegaram uma enxada e das cinco tentativas, acertaram duas vezes a cobra, que morreu. Depois, chamaram o Corpo de Bombeiros para pegar o animal, que foi levado até o veterinário.

“A cachorra estava avisando que não era para chegar ali, ela é muito sentimental, ela sempre protege a gente”, contou Patrícia.

O fato aconteceu por volta das 20h30. Patrícia procurou uma clínica veterinária pela internet e conseguiu chegar uma hora depois. Mesmo assim, a veterinária Ana Carlina disse que a agilidade salvou a vida do animal. “Trazer rapidamente foi o que salvou o animal”, explicou.

Segundo a médica, foi feito um procedimento de emergência e aplicado soro antiofídico.

Belinha continua internada em observação para saber se vai ter mais complicações. A veterinária disse que já foi detectado problema nos rins e há chance de necrosar parte da face, deixando ferida aberta. Por enquanto a salvadora vai continuar internada, sem previsão de alta, sendo visitada todos os dias pela dona. Apesar da situação financeira apertada, Patrícia disse que nem pensou nas despesas. “Não queria nem saber quanto ia ficar o tratamento, só pensei em salvar a Belinha. Até agora já gastei R$ 700”, finalizou.

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