Protesto

Operários que prestam serviço para Petrobras bloqueiam rodovia

É grande a fila veículos que se formam dos dois lados da BR 158, entre o trecho que liga Três Lagoas a Brasilândia.

Cerca de três mil trabalhadores, não concordaram com o acordo pactuado entre o Consórcio UFN3 e o sindicato da categoria, resolveram entrar em greve, radicalizando a manifestação bloqueando os dois lados da BR 158, no trecho localizado em frente do canteiro de obras da Petrobras.

Com palavras de ordens e encapuzados, os manifestantes destruíram placas e cones, formando fogueira no centro da rodovia impedindo o trânsito dos veículos.

PROTESTO PACÍFICO

O líder do movimento, Dilermando Rodrigues Lacerda disse ao Perfil News que o protesto é pacifico e que só está sendo radicalizado por que o trabalhador não está sendo ouvido pelas autoridades.

Os manifestantes disseram ainda que a rodovia só será liberada com a presença do desembargador, ou representante da Justiça do Trabalho para mediar à negociação.

De acordo com Lacerda, a rodovia ficará bloqueada por tempo indeterminado. “Aqui só passa ambulância e carro de funerária”, reiterou.

FORÇA POLICIAL

A reportagem encontrou duas equipes da Rotai se dirigindo ao local, mas, segundo informações a presença dos policiais será para proteger o patrimônio da empresa.

Por sua vez, o chefe da Delegacia da Policia Rodoviária Federal, Inspetor Gratão, disse à reportagem que vai controlar o trânsito nas mediações para não tumultuar mais ainda a situação. Nesse momento equipes da PRF estão na rodovia orientando os motoristas que utilizam aquela rodovia, para trafegar por outra rota.

ACORDO EM VIGOR

De acordo com o representante do Consórcio UFN3, o advogado Marcos Cruz disse por telefone ao Perfil News que já havia um acordo coletivo de trabalho pactuado, mas a empresa nunca deixou de negociar com os trabalhadores. Tanto, que na manhã de quinta-feira, 20, participou de uma reunião de conciliação no Tribunal Regional de Trabalho, com o sindicato da categoria, mediada pelo desembargador Nery Sá e Silva Azambuja, que manteve a liminar de retorno imediato ao trabalho.

O magistrado determinou ainda, outra reunião de conciliação para acontecer no prazo de dez dias. Mas determinou que os trabalhadores voltassem ao trabalho imediatamente.

Nesse sentido, o Sintricom realizou uma assembléia na frente do canteiro de obras para explicar aos seus filiados o que ficou decidido. Já no encerramento da assembléia, inclusive com metade dos trabalhadores se dirigindo ao serviço, Dilermando subiu no carro de som e de posse do microfone conclamou os colegas para entrar em greve por conta própria, destituindo a liderança do sindicato.

Comentários