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Brasil e Uruguai decidem hoje quem avança à final da Copa América Feminina

A Seleção Brasileira realizou o último treino antes do confronto com o Uruguai pela semifinal da Copa América Feminina, realizada em Quito, no Equador. Em entrevista coletiva após o treino, o técnico Arthur Elias afirmou que, na tarde desta segunda-feira (28), no CT da LDU, reforçou estratégias para enfrentar as uruguaias. Ao analisar a equipe adversária, Elias destacou que o principal ponto de atenção é o contra-ataque do Uruguai, uma equipe objetiva e rápida, que finaliza sem precisar de muitas trocas de passe.

“Elas esticam o jogo, atacam com eficiência e jogam muitas bolas dentro da área. Então, o tipo de jogo do Uruguai tem qualidade de ataques que conheço bem. Espero que a gente consiga manter o domínio, se impor no campo ofensivo e criar oportunidades mesmo com a marcação forte que o Uruguai exerce”, analisou.

As duas seleções se enfrentaram três vezes em dez edições do torneio. O Brasil, maior campeão da competição com oito títulos, venceu os três jogos que disputou contra o Uruguai, sem sofrer gols. O último confronto entre as equipes foi na Copa América Feminina de 2022, quando o Brasil venceu por 3 a 0 na fase de grupos. Na história, essa é a segunda vez que o Uruguai chega às semifinais do torneio continental. A primeira foi em 2006, quando terminou em terceiro lugar. Nesta edição, o Uruguai encerrou a fase de grupos na segunda colocação da Chave A, com sete pontos: empatou na estreia em 2 a 2 com o Equador, foi derrotado pela Argentina por 1 a 0, venceu Peru por 1 a 0 e Chile por 3 a 0.

O técnico Arthur Elias aproveitou a entrevista para parabenizar a postura das jogadoras do Uruguai, que, na reta final de preparação para a Copa América Feminina, dias antes da estreia contra o Equador, não treinaram como forma de protesto por melhores condições de trabalho e valorização da modalidade. Ele também destacou que a atitude das jogadoras foi importante para que a equipe chegasse onde está.

“Independente do jogo de amanhã, a vitória delas, a luta, a causa e o protesto foram muito importantes para que essa equipe chegasse onde chegou. É muito injusto olharmos para o país, que não oferece oportunidades de melhorias nas condições de trabalho para as mulheres jogadoras. Parabéns a todo o grupo de atletas do Uruguai por lutar por melhorias, que, embora ainda sejam poucas, representam um avanço. Essa coragem é muito mais importante”, afirmou.

Na campanha, o Brasil superou a Venezuela por 2 x 0, a Bolívia por 6 x 0 e o Paraguai por 4 x 1. Na última rodada da fase de grupos, o seleção empatou com a Colômbia por 0 x 0. Ao avaliar o desempenho da Seleção Brasileira, Arthur Elias destacou que todas as jogadoras tiveram oportunidade de jogar e contribuir até a classificação para a semifinal, reforçando seu método de trabalho, que consiste em dar chances estratégicas às atletas do elenco. Para ele, isso fortalece a identidade do grupo, além de estimular coragem e confiança.

“Não só para dar oportunidades, mas para prepará-las melhor para o futuro, que é meu grande objetivo na seleção. Vamos fazer outras trocas também neste jogo. Aqui, temos coragem para agir, dentro e fora de campo. E, além de ter coragem, confiamos em todas as jogadoras. Acho que esse método combina muito com nossa identidade”, finalizou.

Brasil e Uruguai decidem às 20h (MS) desta terça-feira, no Estádio Casa Blanca, a segunda vaga na final da Copa América Feminina. O primeiro finalista foi definido na noite desta segunda-feira (28): após empate por 0 a 0 no tempo normal, a Colômbia venceu a Argentina por 5 a 4 nas penalidades e avançou. Também nesta segunda, o Paraguai venceu o Chile por 1 a 0 e ficou com o quinto lugar. A decisão pelo terceiro lugar será na sexta-feira (1º), novamente no Estádio Casa Blanca. A Argentina enfrentará o perdedor de Brasil e Uruguai.

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