ESPORTE

Elenco santista e até Robinho recebem salários atrasados do clube

A diretoria do Santos pagou na noite desta segunda-feira os dois meses e meio de direitos de imagem dos atletas, que estavam atrasados. Na semana passada, o presidente Modesto Roma já havia quitado a dívida referente a CLT [Consolidações das Leis Trabalhistas].

Até o atacante Robinho, que se transferiu para o futebol chinês, recebeu os atrasados. Agora, o clube paulista só deve salários a Leandro Damião e Thiago Ribeiro, emprestados para Cruzeiro e Atlético-MG, respectivamente.

Para amenizar a crise financeira, o Santos tem fechado patrocínios pontuais. No duelo contra o Coritiba, no último sábado, na Vila Belmiro, o clube renovou três dos seis anúncios expostos em sua camisa no empate diante do Flamengo por 2 a 2, na rodada anterior.

Na semana passada, o clube recebeu um "desafogo financeiro". O clube ganhou cerca de R$ 1,8 milhão, ainda referente a transação do meia Felipe Anderson com a Lazio, da Itália, em 2013. A verba é proveniente a classificação do clube italiano para a Champions League.

O contrato de venda do jogador possui uma cláusula que previa o bônus para o Santos caso o jogador estivesse no elenco classificado para a competição europeia até 2016.

A grana ajudou o Santos a fugir da crise que o fez ser denunciado pelo Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo [Sapesp], que enviou ofício ao STJD para que o clube paulista perca pontos no Campeonato Brasileiro em virtude de atrasos.

O UOL Esporte revelou detalhes da auditória realizada no Santos e, principalmente, o esforço da atual diretoria para pagar os atrasados deixados pelo ex-presidente Odílio Rodrigues. Em sete meses, o presidente Modesto Roma e o diretor executivo do clube, Dagoberto Santos, pagaram 14 folhas salariais.

A dívida chega a R$ 393 milhões, sendo que R$ 190 milhões foram vencidas a curto prazo. Somente em 2015, o Santos pagou quase R$ 60 milhões em dívidas, somando o "rombo" deixado pela ex-diretoria e os gastos atuais com fornecedores, bancos e folhas salariais.

Para minimizar a crise, o Santos reduziu o valor da folha salarial pela metade – de R$ 6 milhões para R$ 3 milhões – somando o departamento de futebol e administrativo do clube. O curioso é que o quadro de funcionário aumentou de 330 para 390 empregados.

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