“O tema da palestra é bem aberto. Vamos fazer um apanhado geral da Lei Maria da Penha, mostrar situações concretas de violência, apontar a ideia que os agressores têm de que estes atos seriam ‘meras brigas de casal’ e que esta ideia deve ser desconstruída”.
 
A explicação é do juiz Alessandro Leite Pereira, da 4ª Vara Criminal de Dourados, que reduziu consideravelmente o estoque de processos de violência doméstica naquela comarca, e ministrará uma palestra na próxima segunda-feira, dia 11 de março, às 19 horas, na UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), sobre “As violências contra as mulheres e o Estado: Limites e Desafios da Lei Maria da Penha e da Lei do Feminicídio”.
 
O juiz abordará ainda o processamento das medidas protetivas, a efetividade, a importância da denúncia, a desconstrução da ideia de que mulher gosta de apanhar, mas que há fatores que a fazem permanecer no ciclo de violência, que deve ser rompido, enfim, fará um apanhado geral para dividir muitas informações com os presentes.
 
A conferência é organizada pela Cátedra Unesco da UFGD e o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), por meio da Coordenadoria da Mulher, sob a responsabilidade da juíza Jacqueline Machado. A entrada é gratuita e as inscrições serão realizadas no local. Os inscritos receberão certificado de participação.
 
O evento integra a programação do Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, que terá também como palestrante Claudia Nichnig, docente visitante da UFGD, que abordará a questão da violência contra as mulheres e suas raízes. A mediação será feita pelo coordenador da Cátedra Unesco, Dr. Losandro Tedeschi.
 
O cineauditório da Unidade 1, da UFGD, fica na Rua João Rosa Góes, 1.761, na Vila Progresso. Ações como essa fazem parte de um leque de outras atividades que a Cátedra Unesco e o Tribunal de Justiça realizarão durante o ano de 2019.