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ONU sanciona navios e empresas por violação a embargo contra Pyongyang

Montanhas de carvão no porto norte-coreano de Rason em 21 de novembro de 2017 / Foto: AFP / Ed JONES Montanhas de carvão no porto norte-coreano de Rason em 21 de novembro de 2017 Montanhas de carvão no porto norte-coreano de Rason em 21 de novembro de 2017 / Foto: AFP / Ed JONES Montanhas de carvão no porto norte-coreano de Rason em 21 de novembro de 2017

O Conselho de Segurança da ONU colocou na lista negra nesta sexta-feira 27 buques, 21 companhias e um empresário de distintos países por ajudar a Coreia do Norte a driblar sanções internacionais, disse um diplomata.

A pedido dos Estados Unidos, se trata da quantidade de entidades sancionadas mais significativa na aplicação de resoluções da ONU adotadas em resposta aos testes nucleares e balísticos de Pyongyang, informou o diplomata, que solicitou o anonimato.

Esta lista "histórica" é um "sinal forte da unidade da comunidade internacional em nossos esforços por manter uma pressão máxima sobre o regime norte-coreano", comemorou em um comunicado a embaixadora americana nas Nações Unidas, Nikki Haley.

A medida faz parte de uma operação global contra o tráfico de produtos norte-coreanos em violação às resoluções do Conselho de Segurança que haviam sido adotadas em resposta aos testes nucleares y balísticos de Pyongyang.

Foi proibida a entrada de 13 barcos petroleiros e cargueiros norte-coreanos a portos de todo o mundo assim como a outros 12 buques por ajudar Pyongyang a traficar produtos e combustível, segundo um documento da ONU ao qual a AFP teve acesso.

Outros dois navios da Coreia do Norte foram objeto de apreensão de bens, mas a entrada nos portos não foi proibida.

Um total de 21 companhias de navegação foram alvo de sanções. Três delas estão baseadas em Hong Kong, incluindo Huaxin Shipping, que transportou carvão norte-coreano ao Vietnã em outubro passado.

Doze empresas norte-coreanas foram colocadas na lista negra por tráfico ilícito de combustível, segundo o documento.

Outras duas empresas - Shanghai Dongfeng Shipping e Weihai World Shipping Freight, baseadas na China - foram sancionadas por transportar carvão norte-coreano em seus barcos.

O restante das empresas estavam baseadas em Singapura, Samoa, as Ilhas Marshall e Panamá.

Um empresário, identificado como Tsang Yung Yuan foi objeto de uma proibição global de viajar e congelamento de contas bancárias, por organizar o transporte de carregamentos ilegais de carvão da Coreia do Norte através de um intermediário norte-coreano na Rússia.

As sanções se aprovaram em um momento em que os Estados Unidos se dispõe a iniciar um diálogo direto com a Coreia do Norte, com uma possível cúpula entre o presidente Donald Trump e Kim Jong Un no final de maio.

Apesar dessa abertura diplomática, os Estados Unidos deixaram claro que continuarão pressionando Pyongyang através da implementação das sanções para que acate as resoluções.

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