Na tarde de 31 de julho de 2025, por volta das 15h54min, a guarnição da polícia foi acionada pelo COPOM para atender a uma grave ocorrência de possível abandono de incapaz na Rua Edson Bezerra, no Bairro Porciuncula, em Itaporã. Segundo informações preliminares, uma mulher de aproximadamente 50 anos, identificada como L. A. Q., encontrava-se trancada em sua residência, sem acesso a alimentos e água, sob a responsabilidade de sua irmã, R. A. Q., de 39 anos.
Ao chegarem ao local, os policiais não obtiveram resposta dos moradores e, com o auxílio de sons de choro que vinham do interior da casa, foram forçados a arrombar a entrada. A cena que se apresentou foi chocante: L. A. Q. estava em estado de abandono, com evidentes sinais de descuido e em condições de higiene alarmantes. A mulher, que apresenta deficiência verbal e dificuldades de locomoção, tentava comunicar sua situação ao acenar para as panelas vazias, sinalizando que estava sem comida.
O ambiente da residência era insalubre, repleto de restos de alimentos, forte odor e a presença de latas de cerveja e garrafas de bebidas alcoólicas, indícios de uma situação de negligência e maus tratos. Imediatamente, foi acionado o serviço de ambulância, que levou a vítima ao Hospital Municipal de Itaporã, onde ela permanece sob cuidados médicos.
Informações coletadas junto a vizinhos revelaram que R. A. Q., responsável pela irmã, não era vista há pelo menos três dias e que a casa frequentemente atraía usuários de drogas. A situação levanta preocupações não apenas sobre a responsabilização de familiares, mas também sobre a segurança e o bem-estar de pessoas vulneráveis na comunidade.
As autoridades competentes foram notificadas e a ocorrência registrada para as devidas investigações. O caso destaca a necessidade de uma maior vigilância e intervenção em situações de abandono e maus tratos, especialmente em lares onde há pessoas com necessidades especiais.
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