TRÁFICO

Em quatro meses, polícia apreende 40% do total de drogas durante 2019

Em 2020, foram apreendidas 37,6 toneladas - Crédito: Divulgação Em 2020, foram apreendidas 37,6 toneladas - Crédito: Divulgação

O batalhão da Polícia Militar Rodoviária (BPMR) apreendeu o maior volume de drogas de toda a sua história, no primeiro quadrimestre de 2020, quando comparado ao mesmo período dos anos anteriores. 

Em 2019, o recorde histórico de apreensão de drogas na PMR foi de 89,5 toneladas. No primeiro quadrimestre foram 16,3. Enquanto nos primeiros quatro meses de 2020, as apreensões chegaram a 37,6 toneladas, superando a marca histórica em mais de 18 toneladas apreendidas.

De acordo com informações policiais, essa marca chama a atenção já que as estatísticas demostram que os primeiros meses do ano são períodos caracterizados por baixo volume de apreensão de drogas, mas em 2020 os resultados tem contrariado a tendência.

Conforme a PMR, abril de 2020, foi marcado pelo maior volume de apreensão de drogas de toda a história da PMR, para um único mês, com 27 toneladas apreendidas. Até então, o recorde era de dezembro de 2017, com a apreensão de 16,2 toneladas em um único mês.

O volume aprendido em 2020 representa 42% de toda a droga apreendida em 2019, ano em que se registrou o recorde histórico de apreensão de entorpecentes nas rodovias estaduais.

As apreensões do primeiro quadrimestre de 2020 foram resultados do registro de 93 flagrantes, apreensão de 72 veículos, dentre eles, oito caminhões/carretas e três motocicletas; a prisão de 129 pessoas envolvidas no crime de tráfico de drogas, dos quais 73,6% são homens. O prejuízo ao crime é avaliado em mais de 40 milhões de reais.

Segundo informações policiais, a maconha e seus derivados ainda são as drogas de maior volume de apreensão pela PMR representando neste ano 99% das drogas apreendidas.

Ainda de acordo com a PMR, os “modus operandi” de traficantes se diversifica a cada dia, com destaque aos chamados “cavalos doidos”, quando os criminosos circulam nas rodovias em alta velocidade, sem ao menos esconder a carga.

Também há os “mocós”, casos em que o entorpecente e as grandes cargas são trazidas em caminhões e carretas, ocultadas em grãos de soja e milho.

Para o comandante da PMR – tenente coronel QOPM Wagner Ferreira da Silva, “enfrentar o tráfico de entorpecentes nas rodovias estaduais representa um serviço do estado de Mato Grosso do Sul a toda sociedade brasileira, pois interrompe um ciclo criminoso, descapitaliza o crime organizado e contribuiu diretamente na diminuição da violência urbana”, relata. 

 “O tráfico de drogas aumenta o poder financeiro das organizações criminosas, por consequência seu poderio bélico, induz a prática do roubo e furtos, principalmente de veículos que são utilizados para o transporte de drogas e como moeda de troca nos países vizinhos e grandes produtores de drogas”, finaliza o tenente coronel.

Outro ponto destacado pela PMR é que as apreensões e prisões também revelam toda uma rede de apoio a esta prática criminosa, como a utilização dos chamados “batedores” e “olheiros”, que monitoram a atividade policial buscando facilitar o transporte do entorpecente. Além de identificar que os grandes centros brasileiros seriam os principais destinatários do entorpecente apreendido em Mato Grosso do Sul. 

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