Policial

Empresário que tentou matar advogado se apresenta em delegacia

Crime ocorreu terça-feira em Dourados; caso envolve relação extraconjugal e ameaças

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O empresário Eliseu Nunes da Silva, 62, o “Neno”, se apresentou na manhã desta quinta-feira (20) na Polícia Civil em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Ele é acusado de tentar matar o advogado Antônio Franco da Rocha, 83, na tarde de terça-feira (18). Neno chegou à 1ª Delegacia de Polícia Civil, na Rua Cuiabá, acompanhado de dois advogados e está sendo ouvido pelo delegado Rodolfo Daltro, do SIG (Setor de Investigações Gerais).

O advogado está hospitalizado e o quadro de saúde dele é considerado estável. Ele foi baleado em frente ao escritório, na Rua Floriano Peixoto. A polícia tem imagens de câmeras de segurança mostrando o momento em que o empresário passou pelo local de caminhonete e atirou no advogado.

Ainda na terça-feira, segundo o portal Campo Grande News, o atentado contra o advogado é desfecho de caso envolvendo relacionamento extraconjugal da ex-mulher do empresário com o advogado e trocas de ameaças de morte.

Eliseu Nunes da Silva já havia denunciado o advogado por ameaçar matá-lo. Dois boletins de ocorrência sobre as ameaças foram registrados na Polícia Civil em Dourados entre dezembro de 2019 e janeiro deste ano.

Após as ameaças, Neno procurou a polícia e denunciou que Antônio Franco da Rocha seria o mentor intelectual da morte da ex-mulher, em 2003. O crime ficou conhecido como “Caso Madalena”.

A pecuarista Madalena da Câmara Rocha, 70 anos, foi espancada na noite de 24 de abril daquele ano na casa dela, na Rua Firmino Vieira de Matos, centro de Dourados. Atingida por vários golpes de madeira na cabeça, ela morreu depois de vários dias na UTI.

Na época o caso foi tratado como latrocínio, já que o cofre com joias foi levado da casa. Em janeiro deste ano, Neno procurou a polícia e denunciou que o advogado tramou a morte da ex-mulher.

Antonio Franco da Rocha teria contratado pistoleiros do Paraná para cometer o crime simulando roubo. Ele teria ficado com as joias, segundo a denúncia. A polícia confirma as denúncias. O caso foi reaberto e está sendo conduzido pela Delegacia de Homicídios, com sede em Campo Grande.

 

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