Policial

Homem morto a tiros em Dourados era esquizofrênico e já havia tentando matar pai, mãe e irmão

Anderson em uma das vezes em que foi preso - Crédito: Arquivo/Dourados News Anderson em uma das vezes em que foi preso - Crédito: Arquivo/Dourados News

Anderson Gonzales Pavão, de 43 anos, identificado como a vítima do homicídio ocorrido na madrugada desta terça-feira (1º) na rua São Francisco, no Jardim Itália, em Dourados, tinha um longo histórico de transtornos psiquiátricos e passagens policiais por episódios violentos, a maioria deles envolvendo membros da própria família.

Portador de esquizofrenia, ele já havia protagonizado diversas situações de violência. Em julho de 2004, quando tinha 21 anos, ateou fogo na casa da mãe, Apolinária Ramires Gonzales, na Vila Hilda. No mesmo dia, o imóvel chegou a ser parcialmente destruído em um primeiro incêndio e, horas depois, completamente consumido pelas chamas.

A própria mãe relatou aos bombeiros que ele era o responsável pelo ato e que, na semana anterior, havia tentado matar o pai com facadas e tijoladas. 

Cinco anos depois, em outubro de 2009, Anderson foi preso em flagrante após esfaquear o irmão, Júlio César Gonzales, durante uma discussão. Eles estavam ingerindo bebidas alcoólicas quando se desentenderam e Anderson desferiu três golpes de faca nas costas do irmão, que precisou ser encaminhado ao Hospital da Vida.

Já em novembro de 2021, o caso mais grave: Anderson foi preso novamente após tentar matar a mãe com golpes de faca, durante uma briga por comida. A idosa, então com 63 anos, foi atingida no abdômen e socorrida por uma equipe do Samu.

Anderson foi encontrado dois dias depois caminhando pelo Jardim Vista Alegre e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, sendo encaminhado à Penitenciária Estadual de Dourados (PED). Na ocasião, ele foi autuado por tentativa de feminicídio.

Homicídio

Mesmo baleado, Anderson ainda tentou fugir, pulando o muro de uma casa, mas caiu no quintal e morreu no local. Uma tatuagem com o nome “Luan” ajudou a polícia a identificá-lo horas depois.

No bolso de sua bermuda, os peritos encontraram um pedaço de lã de aço, material comumente utilizado para o consumo de entorpecentes em cachimbos artesanais, o que reforçou a suspeita de que ele também fazia uso de drogas e que o crime possa estar relacionado com esse fato.

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