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Operação do MPMS mira desvio de recursos para compra de equipamentos de hospital

Operação cumpre mandados em Sidrolândia e em Manaus - Crédito: Divulgação Operação cumpre mandados em Sidrolândia e em Manaus - Crédito: Divulgação

Operação Dirty Pix desencadeada na manhã desta terça-feira (18/11) pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), cumpre 18 mandados em investigação que apura desvio de recursos públicos na aquisição de equipamentos para o Hospital Elmíria Silvério Barbosa, em Sidrolândia. 

Desde as primeiras horas de hoje, equipes do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado) estão em endereços no município sul-mato-grossense e também em Manaus (AM). 

A suspeita, de acordo com as investigações realizadas até o momento, é de desvio de R$ 5,4 milhões repassados pelo Governo do Estado ao hospital para aquisição de um aparelho de ressonância magnética e uma autoclave hospitalar, que nunca foram entregues. 

“O cumprimento dos mandados decorre de decisão judicial proferida no bojo de procedimento que apura os crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro. A investigação identificou o desvio de R$ 5,4 milhões em recursos públicos destinados ao Hospital Elmíria Silvério Barbosa”, diz em nota o Ministério Público.

Segundo apurado, parte desse valor foi desviado pela Administração do Hospital, em conluio com a empresa fornecedora dos produtos nunca entregues. 

Ainda conforme o MPMS, houve pagamento de vantagens indevidas a vereadores do Município.

“De acordo com os elementos colhidos, a empresa fornecedora realizou diversas transferências mediante Pix, diretamente ou por intermédio de terceiros, ao presidente do Hospital e aos vereadores envolvidos”, relata o MPMS, sem citar os nomes dos suspeitos.

O nome da operação, “Dirty Pix”, traduz-se da língua inglesa como “pix sujo”, e faz alusão à natureza ilícita das transferências financeiras utilizadas para viabilizar o esquema.
 

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