Operação Greefield

PF cumpre ordens judiciais em MS na segunda fase da Operação Greenfield

Na manhã desta quarta-feira (8), Polícia Federal realiza a 2ª fase da Operação Greenfield, cumprindo medidas judicias em São Paulo e Mato Grosso do Sul, sem especificar as cidades. As ações acontecem por determinação do juiz Vallisney de Souza, titular da 10ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal.

Conforme informações da Polícia Federal, 30 policiais cumprem duas medidas judiciais em Mato Grosso do Sul, além de cinco medidas cumpridas no Estado de São Paulo. Os alvos das ações são investigados por fazerem parte de um esquema de cooptação de testemunhas que poderiam auxiliar nas investigações.

Segundo a PF, os investigados estariam ocultando provas úteis para o esclarecimento dos crimes apurados na primeira fase da operação. A suspeita é que um contrato de R$ 190 milhões entre os dois principais sócios de um dos maiores grupos empresariais investigados pela Greenfield tenha sido empregado para mascarar o suborno a um empresário concorrente para que não revelasse informações de interesse da investigação.

A suspeita, levantada por uma testemunha da investigação, é que o contrato de fornecimento de massa florestal de eucalipto para produção de celulose seja apenas uma forma de recompensar o silêncio de um ex-sócio que poderia auxiliar a investigação.

A Polícia Federal não pode detalhar as provas recolhidas pelos policiais na Operação Greenfield e também não irá realizar entrevista coletiva por conta do sigilo judicial da investigação.

Primeira fase

A primeira fase da operação foi realizada no dia 5 de setembro de 2016 e cumpriu 127 mandados de busca e apreensão em oito estados, além de Distrito Federal. A ação investiga fraudes nos principais fundos de pensão do Brasil, em um esquema que teria movimentado até R$ 50 milhões.

A lista dos investigados inclui executivos e diretores de fundações, como os irmãos Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS-Friboi. O empresário e ex-presidente da empreiteira OAS, José Adelmário Prinheiro, o Léo Pinheiro, foi levado por condução coercitiva. Ele cumpria prisão domiciliar no âmbito da Lava Jato e é investigado pela Greenfield.

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