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PF mira quadrilha que movimentou mais de R$ 155 milhões com tráfico de drogas

Policiais seguindo para cumprir mandados da operação deflagrada nesta terça-feira (14). (Foto: Divulgação/PFMS) Policiais seguindo para cumprir mandados da operação deflagrada nesta terça-feira (14). (Foto: Divulgação/PFMS)

Interior

PF cumpre 29 mandados de prisão e 63 de busca e apreensão em cidades de MS, SP, PR e MG

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (14), a Operação Aqueus, para prender uma quadrilha de traficantes que movimentou mais de R$ 155 milhões em 14 meses. Esses líderes são moradores de Três Lagoas, a 327 quilômetros de Campo Grande. A PF cumpre hoje, 29 mandados de prisão, 63 de busca e apreensão, além de bloqueio de bens dos investigados.

Em Mato Grosso do Sul, os mandados são cumpridos nas cidades de Três Lagoas, Água Clara, Campo Grande e Ponta Porã. Também são cumpridos mandados em cidades de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.

As investigações começaram em 2020. Foi verificado que o grupo adquiria a droga em Ponta Porã, que faz fronteira com o Paraguai, e depois a transportava para Campo Grande, onde ficava em um depósito. Após, seguia para o entreposto, em Três Lagoas, de onde era distribuída para o interior de MS, litoral paulista e interior de Minas Gerais.

Os valores com a venda eram depositados em contas de empresas de fachada, utilizadas, exclusivamente, para lavar o dinheiro. O núcleo movimentou mais de R$ 155 milhões em 14 meses. A PF apurou que o lucro dos líderes três-lagoenses eram recebidos por meio de veículos, dinheiro em espécie e contas bancárias de parentes próximos, que integravam a organização criminosa.

Para ocultar o patrimônio, investiam, principalmente, em imóveis, que eram registrados em nome de terceiros. Em um período aproximado de um ano (entre 2020 e 2021), os líderes da organização criminosa teriam recebido, somente em valores creditados em contas correntes de seus “laranjas”, mais de R$ 3,5 milhões. No entanto, estima-se que o lucro obtido com o tráfico tenha sido superior, porque há valores recebidos em espécie e bens não contabilizados.

Durante a investigação, foram presas oito pessoas em flagrante e apreendidos aproximadamente 500 quilos de drogas, além da identificação de outros carregamentos apreendidos pertencentes aos investigados.

Hoje, são cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 23 mandados de prisão preventiva, 07 mandados de prisão temporária, além do sequestro de 13 imóveis e do bloqueio judicial de contas bancárias de 33 pessoas físicas e jurídicas. Entre os imóveis sequestrados, estão uma Fazenda no município de Água Clara e uma casa de veraneio à beira-rio em Três Lagoas, propriedades com valores estimados em mais de R$ 4 milhões.

Além das cidades de MS, as medidas judiciais estão sendo cumpridas nos municípios de Ribeirão Preto/SP, Guatapará/SP, Aparecida/SP, Guaratinguetá/SP, Potim/SP, Paulínia/SP, São José do Rio Preto/SP, São José dos Campos/SP, Guarujá/SP, José Bonifácio/SP, São Paulo/SP, Douradina/PR, Sarandi/PR, Maringá/PR, Maria Helena/PR, Colombo/PR, Laranjeiras do Sul/PR e Baependi/MG.

O nome da operação advém da famigerada Guerra de Troia. Segundo a história, o povo Aqueus (como eram conhecidos os cidadãos das cidades-estado da Grécia antiga), venceram de forma estratégica e inteligente a cidade de Troia, com destaque à batalha entre Aquiles e Heitor, na qual Heitor padece sob a lança de Aquiles, líder dos Aqueus. Um dos principais investigados da operação possui o mesmo prenome do derrotado príncipe de Troia.

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