O julgamento que analisa suposta compra de votos, durante a campanha eleitoral em 2024, e a cassação da atual prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), foi adiado. A nova sessão foi marcada para o dia 27 de maio.
Durante o julgamento, foi colocado um trecho do depoimento de uma das 14 testemunhas. Na gravação, um homem afirma que trabalhou para Adriane durante o 1º turno da campanha eleitoral. Em certo momento, ele contou que recebeu o pagamento de R$ 1,2 mil para que pudesse “pagar duas pessoas e o resto comprar votos”.
Ainda durante o testemunho, o homem afirmou que recebeu, no dia 26 de novembro, vésperas da eleição do 2º turno, um envelope com R$ 2,4 mil, também com intenção de “comprar votos”, além de ficar com R$ 400 pelo serviço.
Na votação, o juiz Alexandre Antunes da Silva afirmou que, assim como o relator, não ficou clara a extração de elementos concretos da participação direta ou indireta de Adriane e Camilla na compra de votos, conforme exige a jurisprudência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
“A intervenção do Poder Judiciário no resultado eleitoral, baseando-se apenas em presunção, ilação ou conjectura, seria uma afronta à decisão soberana do eleitor, além de causar danos à normalidade administrativa de uma capital com quase 1 milhão de habitantes”, disse antes de votar pela negação do provimento de recurso e manter a sentença de 1º grau na integralidade, ou seja, contra a cassação da chapa da chefe do executivo.
Já o juiz Márcio Ávila Martins Filho argumentou que precisa de mais tempo, para poder analisar as provas apresentadas no processo, como vídeos e documentos. “Diante da complexidade do caso, eu gostaria de debruçar um tempo maior sobre os autos, quero fazer uma análise pormenorizada”, afirmou.
Dessa forma, o magistrado pediu vista do processo e, assim, o julgamento foi adiado para o dia 27 de maio, data acordada entre todos os outros juízes que votam no caso.
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