Um dos sete governadores presentes em reunião realizada na noite de quinta-feira (30/10) no Palácio Guanabara, sede do Governo do Rio de Janeiro (RJ), Eduardo Riedel (PP) defende um trabalho de integração entre os Estados para ampliar o combate ao crime organizado.
Após o encontro de ontem, motivado pela operação policial realizada na terça-feira na capital fluminense e que deixou 121 mortos, ficou acordado a criação de um grupo entre os chefes do Executivo para a criação de um ‘consórcio da paz’, voltado para a troca de informações de inteligência, apoio financeiro e de contingente policial.
Riedel ainda citou que as organizações criminosas possuem ramificação em todo o país e citou o fato dos trabalhos de segurança pública em Mato Grosso do Sul no combate ao tráfico de drogas.
“Não tem como não olhar a conexão desse crime organizado em todo o território brasileiro. Nós apreendemos em Mato Grosso do Sul, 500 toneladas de drogas no último ano. É um estado de baixa densidade demográfica e não é lá o destino final delas [entorpecentes], mas apreendemos essas drogas. Nós estamos combatendo o crime de fronteira, atuando fortemente no combate aos novos negócios que surgem ligados a lavagem de dinheiro, e só há uma maneira da gente poder fazer esse enfrentamento que é a integração, que a inteligência seja usada de maneira que os Estados responsáveis pela segurança pública em seu território, possa também auxiliar um com o outro”, disse.
O Estado faz fronteira seca com dois países, o Paraguai e a Bolívia, além de divisa com cinco unidades da federação, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e o Mato Grosso, ampliando as rotas utilizadas pelos narcotraficantes que entram pelo país tendo o MS como porta de entrada.
“Quem achar que não tem conexão do ocorrido aqui no Rio com a nossa segurança pública lá em Mato Grosso do Sul, está enganado. Temos membros do Comando Vermelho [facção criminosa surgida no Rio de Janeiro], do PCC (Primeiro Comando da Capital) – com origem em São Paulo - atuando em território sul-mato-grossense. Temos conexão direta com diversos estados brasileiros onde o crime se interrelaciona, nós temos que estar preparados para a fazer a mesma estratégia de integração”, relatou.
Além de Riedel, participaram do encontro o governador Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas).
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou remotamente, por chamada de vídeo.
 
 
						  
							 
							 
							
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