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Com mais quatro mortes investigadas, dengue é maior preocupação, diz secretário de Saúde

Secretário de Estado de Saúde pede colaboração da sociedade para conter a dengue - Crédito: Hedio Fazan/Dourados News Secretário de Estado de Saúde pede colaboração da sociedade para conter a dengue - Crédito: Hedio Fazan/Dourados News

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende Pereira, afirma que a dengue é a principal preocupação em Mato Grosso do Sul mesmo diante dos recentes casos do novo coronavírus (Covid-19). Segundo ele, além das 13 mortes já confirmadas, quatro são investigadas e caso haja confirmação, os óbitos vão representar mais da metade do total de 2019.

“Hoje nossa principal preocupação no Mato Grosso do Sul é a dengue. Nunca me furtei de dizer isso e de fazer um apelo para população. Infelizmente a população de Mato Grosso do Sul é pouco colaborativa. Apesar dos apelos das autoridades sanitárias e até da boa imprensa que nos ajuda muito a fazer o chamamento, as pessoas não estão preocupadas com o seu quintal, com a sua moradia, não fazem o seu dever de casa para combater os recipientes que servem de criadouro do mosquito da dengue”, disse ao Dourados News na manhã desta quarta-feira (4).

No comparativo entre os boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde em 27 de fevereiro deste e do ano passado, a reportagem apurou que os casos suspeitos de dengue saltaram de 7.630 para 20.444, os confirmados de 2.180 para 6.559, e os óbitos de 1 para 13.

Além disso, em 2019, nessa mesma época, somente 13 dos 79 municípios sul-mato-grossenses estavam classificados com alta incidência da dengue (quando as notificações passam de 300 a cada grupo de 100 mil habitantes. Neste ano, na quinta-feira (27) eram 61.

Para o secretário de Estado de Saúde, o combate à dengue tem que ser diário e com participação de toda sociedade.

“Tivemos no ano passado 29 mortes. Mortes que poderiam ser evitadas. Só esse ano já temos 13 mortes com quatro óbitos investigados, ou seja, se esses quatro casos suspeitos se confirmarem vamos ter mais da metade dos casos que tivemos em 2019 inteiro. Isso mostra que a população está negligenciando sua tarefe de ajudar as secretarias municipais de saúde com todo seu aparato”, destacou.

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