DIABETES

Insulina inalável passa a ter comercialização permitida no Brasil

Produto que permite inalar o pó da insulina - Crédito: Divulgação Produto que permite inalar o pó da insulina - Crédito: Divulgação

Está autorizada a venda de insulina inalável no Brasil. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta segunda-feira, dia 03 de junho, a comercialização do produto Afrezza, que é um pó para inalação, ou "insulina oral de ação ultrarrápida".

A insulina é o hormônio que regula o nível de glicose (açúcar) no corpo.

Segundo a empresa que detém os direitos do produto no Brasil, a Biomm, a insulina inalável será comercializada no país a partir do quarto trimestre deste ano, a depender do processo de registro de preços pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Nos Estados Unidos, o kit para um mês custa de US$ 150 a 400, dependendo da quantidade de doses. É o equivalente a R$ 580-1.550.

De acordo com a empresa, o produto "oferece aos portadores da diabetes uma nova opção para melhorar a qualidade de vida".

Funcionamento e limites

A insulina inalável é uma alternativa àquela injetável, única disponível no Brasil. Assim como a injetável, o Afrezza deve ser administrado durante as refeições. Serve para os tratamentos de diabetes de tipo 1 e de tipo 2.

Dentro do pequeno inalador, há o pó da insulina, que ao ser inspirado vai para os pulmões, onde é absorvido pelo corpo. Os desenvolvedores do produto afirmam que a insulina é absorvida em segundos e, dentro de poucos minutos, há o efeito da redução da glicose no sangue.

Como qualquer medicamento, o produto precisa ser indicado por um médico.

O Afrezza é contraindicado para menores de 18 anos.

Tampouco pessoas com problemas respiratórios, como asma ou bronquite podem usar o inalador. O produto também não serve para fumantes ou para aqueles que pararam de fumar há menos de seis meses. Além disso, não pode ser usado por pessoas alérgicas à insulina.

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, a doença afeta 425 milhões de adultos em todo o mundo, sendo mais de 12 milhões no Brasil.

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