Brasil

Douradense transforma papelão em carro de tamanho real

O modelo escolhido foi o Deloren, famoso no filme ‘De Volta para o Futuro’

Fotos: Arquivo Pessoal/Gabriel Arruda Fotos: Arquivo Pessoal/Gabriel Arruda

Com R$ 8.000 de investimento e quatro meses de trabalho, Gabriel Arruda, de 22 anos, conseguiu transformar papelão em um carro de tamanho real. O artista, que cursa avião civil, escolheu reproduzir o modelo Deloren do filme ‘De Volta para o Futuro’.

Ele já conhecido por outras obras, como a réplica da moto Ninja ZX-10R, finalizada em 2018. Porém, segundo Gabriel, o carro foi o maior desafio de todos e motivo de superação própria.

“Choveu, me desanimou, molhou o carro e estragou a maior parte”, conta o artista. O contratempo atrasou o projeto, mas com o apoio da família e de amigos próximos Gabriel conseguiu o ânimo que faltava para finalizar o veículo.

Foram 500 chapas de papelão ou 140 quilos de material para desenvolver o carro. Segundo Gabriel, o Deloren ficou com 80 quilos após a conclusão do projeto, pois uma parte material é perdida com o recorte.

O custo da obra teve R$ 6.000 em papelão e R$ 2.000 em cola. Gabriel conta que ainda falta a pintura e a parte elétrica para finalizar.

“Fazer isso me tira o estresse, é uma das coisas que mais gosto de fazer na vida. No tempo livre, quando não estou estudando ou trabalhando, estou mexendo com alguma coisa de papelão, inventando”, revela o douradense.

 

Desde os 7 anos

 

 

 

Gabriel nunca fez curso de artes plásticas, mas desde os sete anos começou a fazer trabalhos artesanais na escola e nunca mais parou. O artista conta que a família não tinha condições financeiras para comprar brinquedos e ele e o irmao criavam carro e moto de papelão ou madeira para brincar. “Vem daí a inspiração, da gente não ter a condição de comprar e nós inventávamos”, lembra.

Com o tempo, Gabriel começou a produzir peças decorativas e “foi daí que surgiu o amor pela arte em papelão”, recorda. Além da moto e do carro, Gabriel já fez bicicleta, instrumentos musicais, igrejas, casas e um prédio de Dubai, reproduzido com 3,4 metros de altura.

“Levo como hobby, é um tipo de terapia”, diz o artista sobre o motivo de sempre desenvolver obras em papelão. Segundo ele, “o papelão ensina muita coisa, a ter paciência e muitas outras coisas. Ensina persistência, porque a peça vai dar errado e vai ter que fazer de novo”.

Metas ainda maiores

O sonho de Gabriel é montar uma galeria de arte em Dourados para exposição das peças já desenvolvidas e também como espaço de incentivo para outras obras de arte.

Outra meta é chegar a 100 mil inscrições no canal Youtube, como forma de divulgar o seu trabalho, que atualmente não possui patrocínio, e ainda para inspirar outras pessoas que apreciam essa forma de arte.

Segundo Gabriel, depois do carro, já entrou nos seus planos a criação de um avião e de uma casa de papelão.

Confira abaixo como foi o desenvolvimento do Deloren.

 

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