Aedes Aegypti

Departamento de Controle de Endemias encontra 115 focos de mosquitos em Itaporã‏ ‏

O Departamento Municipal de Controle de Endemias, subordinado à Gerência Municipal de Saúde de Itaporã, encontrou, no mês de março deste ano, 115 focos de mosquitos na cidade, dos quais 89 são do Aedes aegypti e 26 de outros mosquitos. Ao todo, a equipe percorreu 2.610 imóveis no Centro da cidade, nos bairros Cohab, Vila União, Vila Antonio Rodeline, Jardim Santa Maria e Jardim Santa Terra e no distrito de Montese.

Segundo o coordenador do Departamento Municipal de Controle de Endemias, Gilberto Linhares Cunha, 86% dos 115 focos de mosquitos encontrados no município estavam em residências, enquanto 5,2% em terrenos baldios, 4,3% em estabelecimentos comerciais e 4,3% em outros locais. “Os dados demonstram que a maioria dos focos está concentrada nas residências e, por isso, reforçamos a necessidade de a população limpar os quintais”, destacou.

Ainda conforme a Gerência Municipal de Saúde de Itaporã, a cidade tem 10 casos confirmados de dengue e 67 notificados, enquanto o índice de infestação de dengue no município está em 1,97%, segundo o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera aceitável índice até 1%. Se apresentar índice entre 1 e 3,9%, o município é enquadrado em estado de alerta.

“Para conter o avanço do mosquito da dengue, onde há casos notificados da doença estamos determinando a borrifação e as pessoas devem abrir as janelas e portas quando o veículo de fumacê estiver passando”, declarou o gerente municipal de Saúde, Moisés Pires, completando que, a exemplo do ano passado, a novidade para 2015 é o surgimento da febre chikungunya, que é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores.

Os sintomas da doença são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a dez dias. A letalidade da chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), é rara, sendo ainda menos frequente que nos casos de dengue. A febre chikugunya não é transmitida de pessoa para pessoa. O contágio se dá pelo mosquito que, após um período de sete dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus CHIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele. Por isso, o objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo apareçam os primeiros casos.

Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as ações de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são exatamente as mesmas para a prevenção da dengue. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana.

Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de dois a 12 dias para a febre chikungunya se manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias.

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