Policial

Traficante mais procurado do Paraguai, Gringo González é preso na fronteira

Clemencio González Giménez foi preso na tarde de hoje em Pedro Juan Caballero

Clemencio González Giménez na última foto antes de sumir por 15 anos (Foto: Reprodução) Clemencio González Giménez na última foto antes de sumir por 15 anos (Foto: Reprodução)

Um dos bandidos mais procurados do Paraguai foi preso nesta sexta-feira (22) em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. O traficante internacional de drogas Clemencio González Giménez, o “Gringo González”, atua há pelo menos 2 décadas na Linha Internacional.

Procurado há vários anos, ele vivia tranquilamente em condomínio de luxo na cidade, capital do Departamento de Amambay e separada de Ponta Porã apenas por uma rua. Segundo fontes da fronteira, Gringo era “invisível” porque pagava policiais corruptos para não ser preso.

Conforme a Polícia Nacional do Paraguai, Gringo González era procurado por vários crimes, entre os quais o sequestro e morte de Amado Felício Martinez, em 2004. A vítima teria provocado o acidente de trânsito que matou o irmão do bandido, Félix González.

A polícia também acusou Clemencio González de ter ameaçado mandar matar dez agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) que apreenderam meia tonelada de cocaína na fazenda dele em Pedro Juan Caballero, em dezembro de 2010.

Promotor e político - Outra denúncia que pesa contra o bandido é o plano para executar o ex-promotor de Justiça, ex-diretor da Senad e atual ministro do Interior do Paraguai, Arnaldo Giuzzio. Ele também teria planejado a morte do ex-deputado Robert Acevedo, mas nenhum dos planos foi colocado em prática.

Mesma sorte não teve o investigador da Polícia Nacional Óscar Vargas, assassinato a tiros na fronteira por participar da operação que levou à apreensão da carga recorde de cocaína na fazenda de Clemencio.

Desde janeiro de 2015, Clemencio “Gringo González” era procurado pelo roubo de 252 quilos de cocaína da Chefatura da Polícia em Pedro Juan Caballero.

Segundo policiais da fronteira, o bandido sobreviveu a várias disputas pelo controle do crime organizado na Linha Internacional. Nesse tempo, trabalhou para o “padrinho” da fronteira Fahd Jamil, o “Fuad”, e para o narcotraficante brasileiro Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

A mansão de Clemencio “Gringo González” no bairro Jardim Aurora, em Pedro Juan Caballero, é conhecida por ter uma capela imitando o santuário de Virgem de Caacupé, a padroeira do Paraguai. A casa está abandonada desde 2015. Ele vivia em outro endereço, onde foi preso hoje. Por medida de segurança, “Gringo González” deveria ser levado ainda nesta sexta para Asunción.

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