DISPUTA INTERNA

Pré-candidata no Senado, Simone Tebet deixa liderança do MDB

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) - Crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado A senadora Simone Tebet (MDB-MS) - Crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) informou nesta terça-feira, dia 29 de janeiro, ter deixado a liderança do MDB na Casa, o que estava previsto somente para a próxima sexta-feira, dia 1º de fevereiro.

Em um vídeo divulgado pela assessoria, Simone Tebet afirma ter tomado a decisão por não concordar com algumas posições da maioria da bancada, formada por 13 senadores.

Entre os pontos de divergência, Simone disse discordar da maioria que acha que a votação para a presidência da Casa deve ser secreta. O MDB se reuniu nesta terça-feira em Brasília para discutir o processo eleitoral no Senado.

"Eu, num processo de democracia, entendo que não tenho problema de externar o meu voto e declarar voto aberto. Consequentemente, como a maioria pensa de um jeito e eu penso de outro, [...] eu renunciei à liderança do MDB por não comungar com a maioria", declarou a senadora.

Votação secreta

No último dia 9, o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou uma decisão do ministro Marco Aurélio que permitia votação aberta para presidente do Senado.

Ao tomar a decisão, Toffoli determinou que a votação poderá ser secreta.

Mais cedo, nesta terça-feira, o minstro Luiz Fux decidiu que cabe ao Senado definir as regras para a votação para presidente da Casa. Fux analisou um pedido para que o STF proibisse a candidatura de parlamentares indiciados, réus ou condenados.

O regimento do Senado prevê que a eleição dos integrantes da Mesa Diretora, entre os quais está o presidente da Casa, "será feita em escrutínio secreto".

De acordo com o colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti, na reunião desta terça-feira, Renan Calheiros (MDB-AL), cotado para disputar a indicação da sigla à presidência do Senado, fez uma defesa enfática da votação secreta na eleição para presidente do Senado.

Outros partidos também se reuniram nesta terça-feira para debater o processo eleitoral no Senado. Em nota, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), pré-candidato à presidência da Casa, afirmou que o PSDB é favorável ao voto aberto. O partido terá 8 senadores a partir de sexta-feira.

O PSD, que também contará com uma bancada de oito parlamentares, divulgou nota em que diz defender a votação aberta para a escolha da Mesa Diretora.

Pré-candidato do PSL à presidência do Senado, Major Olímpio (SP) afirmou ser favorável ao voto aberto. O Podemos, partido ao qual é filiado o pré-candidato Alvaro Dias (Pode-PR), também já se manifestou a favor da votação aberta.

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